28 de mar. de 2008

Bolsa Escola-dados do IBGE

28/03/2008 - 11h18 - Atualizado em 28/03/2008 - 11h54
14,9% das famílias recebem Bolsa Família, aponta IBGE
Nordeste conta com maior número de domicílios beneficiados pelo Bolsa Família.Houve uma melhora da renda média das famílias assistidas pelos programas, diz IBGE.
Alba Valéria Mendonça e André Luís Nery Do G1, no Rio e em São Paulo entre em contato
ALTERA OTAMANHO DA LETRA
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Dos 18,3% dos domicílios particulares do país que receberam dinheiro de programas sociais do governo federal em 2006, 81,4% receberam recursos do Bolsa Família, diz a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada nesta sexta-feira (28) pelo IBGE.

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De acordo com a pesquisa, 14,9% dos domicílios do país receberam recursos do Bolsa Família em 2006. Já 2,2% foram assistidos pelo Benefício Assistencial de Prestação Continuada (BPC), enquanto 0,5% das moradias recebeu dinheiro do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI). Outros 2,2% foram assistidos por outro programa social.

Segundo o levantamento, a região Nordeste conta com o maior número de domicílios que receberam recursos do Bolsa Família - 31,3%. Depois, aparece o Norte, com 19,4%. No Centro-Oeste, 9,5% das moradias foram assistidas; no Sudeste, 8,2%, e no Sul, 8%.

"Em uma avaliação geral, o que se constata desta pesquisa é que houve uma melhora da renda média dessas famílias que foram assistidas pelos programas sociais. Mas isso não quer dizer que todos os problemas foram resolvidos", disse presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes.

Em 2006, o rendimento médio mensal domiciliar per capita estimado para o total dos domicílios particulares do país foi de R$ 601. Para aqueles em que houve recebimento de dinheiro de programas, o rendimento médio estimado foi de R$ 172.

Estados
De acordo com o levantamento, Roraima é o estado que apresenta a maior taxa de domicílios que recebem dinheiro de programas sociais do governo - 50% deles. Depois, aparecem o Maranhão (41,3%), Piauí (40,2%), Ceará (39%), Paraíba (37,9%) e Alagoas (36,8%).

Na ponta de baixo, Santa Catarina tem o menor número de moradias beneficiadas - apenas 5,8%. O Rio de Janeiro aparece na seqüência, com 6%, seguido por São Paulo (7,6%), Rio Grande do Sul (11%), Distrito Federal (11,8%), Paraná (12,4%) e Amapá (13,2%).

Do total estimado de 54,7 milhões de domicílios particulares em 2006, em cerca de 10 milhões houve recebimento de dinheiro de programa social do governo, o que correspondia a 18,3% dos domicílios particulares do país. Esse percentual, em 2004, era de 15,6%.

Além dos seis estados já citados e do Distrito Federal, Mato Grosso (13,8%), Espírito Santo (16%) e Rondônia (16,2%) apresentaram em 2006 percentuais de domicílios que recebem recursos de programas do governo inferiores à média nacional (18,3%).

Contingentes
Segundo a pesquisa do IBGE, as regiões Nordeste (4,9 milhões) e Sudeste (2,5 milhões) responderam, em 2006, por 74,7% do total dos domicílios em que houve recebimento de dinheiro de programas sociais do governo federal.

Do total de moradias em que houve recebimento recursos de programas por algum morador, em 89,6% os rendimentos mensais domiciliares per capita eram inferiores a um salário mínimo. Já em 8,5%, a renda ia de um a menos de dois salários mínimos.

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